terça-feira, 22 de maio de 2018

Leopardo versus Phyton gigante

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Panthera onca pintada; negra; parda.

Panthera onca


      A onça-pintada  ou jaguar  (nome cientifico: Panthera onca), também conhecida por onça-preta(no caso dos indivíduos melânicos), é uma espécie de mamífero carnívoro da família Felidae encontrada nas Américas. É o terceiro maior felino do mundo, após o tigre e o leão, e o maior do continente americano. Apesar da semelhança com o leopardo (Panthera pardus) é evolutivamente mais próxima ao leão (Panthera leo). Ocorre desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina, mas está extinta em diversas partes dessa região atualmente. Nos Estados Unidos, por exemplo, está extinta desde o início do século XX, mas possivelmente ainda ocorre no Arizona. É encontrada principalmente em ambientes de florestas tropicais, e geralmente não ocorre acima dos 1 200 m de altitude. A onça-pintada está fortemente associada à presença de água e é notável como um felino que gosta de nadar.
É um felino de porte grande, com peso variando de 56 a 92 kg, podendo ter até 158 kg, e comprimento variando de 1,12 a 1,85 m sem a cauda, que é relativamente curta. Assemelha-se ao leopardo fisicamente; diferencia-se dele, porém, pelo padrão de manchas na pele e pelo tamanho maior. Existem indivíduos totalmente pretos. Tem uma mordida excepcionalmente poderosa, mesmo em relação aos outros grandes felinos. Isso permite que ela fure a casca dura de répteis como a tartaruga e de utilizar um método de matar incomum: ela morde diretamente através do crânio da presa entre os ouvidos, uma mordida fatal no cérebro.
É um animal crepuscular e solitário. É um importante predador e pode comer qualquer animal que seja capaz de capturar, desempenhando um papel na estabilização dos ecossistemas e na regulação das populações de espécies de presas. Porém, tem preferência por grandes herbivoros, podendo atacar o gado doméstico. Frequentemente convive com a onça-parda (Puma concolor), influenciando os hábitos e comportamento deste outro felino. Caça formando emboscadas. A area de vida pode ter mais de 100 km², com os machos tendo territórios englobando o de duas ou três fêmeas. A onça-pintada é capaz de rugir e usa esse tipo de vocalização em contextos de territorialidade. Alcança a maturidade sexual com cerca de 2 anos de idade, e as fêmeas dão à luz geralmente a dois filhotes por vez, pesando entre 700 e 900 gramas. Em cativeiro, a onça-pintada pode viver até 23 anos, mais do que em estado selvagem.
     A IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) considera a espécie como "quase ameaçada", dado sua ampla distribuição geográfica, mas suas populações estão caindo, principalmente por causa da perda e fragmentação do seu habitat. Entretanto, localmente ela pode estar em sério risco de extinção, como em áreas da America Central e do Norte e na Mata Atlantica brasileira. O comércio internacional de onças ou de suas partes é proibido, mas o felino ainda é frequentemente caçado por fazendeiros e agricultores na America do Sul. Apesar de ter se reduzido, sua distribuição geográfica ainda é ampla, e há boas chances de sobrevivência da espécie a longo prazo na Amazônia e no Pantanal. Ela faz parte da mitologia de diversas culturas indigenas americanas, incluindo a dos maias, astecas e guaranis e a caça à onça-pintada é uma atividade carregada de simbolismo, principalmente entre os pantaneiros.

Etimologia


  A onça-pintada também é conhecida por pintadaonça-verdadeirajaguarjaguaretêjaguarapinimaacanguçucanguçu ou simplesmente onça. O termo onça origina-se do grego lygx, através do termo llatino luncea e do termo italiano lonza. No Brasil, o nome onça-pintada é o mais utilizado, sendo que pintada é uma alusão à pelagem cheia de manchas e rosetas, ao contrário da outra onça, a onça-parda.
Jaguar origina-se do termo tupi-guarani ya'wara, e pode ser traduzido como fera e até cão, já que o termo era utilizado pelos indígenas para se referir a qualquer "fera" antes da chegada dos europeus.  Com a colonização européia e a chegada dos cães, a palavra passou a ser usada apenas como referência aos cachorros, e ya'war-e'te ("fera verdadeira") passou a se referir à onça-pintada, originando o termo jaguaretêYaguareté é um nome usado em países de língua espanhola em que há muitos descendentes dos guaranis, como a Argentina e Paraguai.  Acanguçu e canguçu originam-se do termo tupi-guarani akãgu'su, que significa "cabeça grande", através da junção de a'kãga("cabeça") e u'su ("grande").  Jaguarapinima vem do tupi ya'wara ("onça") e pi'nima ("pintada").
A designição pantera no nome cientifico, vem do latim, pantheraPanthera, em grego, é uma palavra para leopardo, πάνθηρ. A palavra é uma composição de παν- "todos" e θήρ vem de θηρευτής "predador", significando "predador de todos" (animais), apesar de que esta deve ser considerada uma etimologia popular. A palavra deve ter uma origem do Sâncristo, pundarikam, que significa tigre.

Distribuição geográfica e habitat


        A onça-pintada habita tanto florestas tropicais na America do Sul e America Central, quanto áreas abertas secas e com inundações periódicas, como o Pantanal.  Historicamente, ocorria nas florestas de carvalho dos Estados Unidos. Estudos com armadilhas fotograficas e rádio colar mostram que elas preferem áreas com densa vegetação, evitando áreas abertas, o que se reflete em uma preferência por áreas de floresta densa e chuvosa, sendo escassa em regiões mais secas, como nos pampas argentinos, nas secas savanas do México, e centro-sul dos Estados Unidos.  A onça-pintada é dependente de cursos d'água permanentes, vivendo preferencialmente próximo a rios e pântanos, e é uma boa nadadora, apreciando passar parte significativa do dia dentro d'água. Não costuma ocorrer em altitudes maiores de 1 200 m, mas há registros em altitudes de até 3 800 m na Costa Rica, 2 700 m na Bolivia e 2 100 m no Peru.

Descrição


    A onça-pintada é um animal robusto e musculoso. Tamanho e peso variam consideravelmente: o peso normalmente está entre 56 a 96 kg. Os maiores machos registrados pesavam até 158 kg (tendo o peso de uma leoa ou tigresa), e as menores fêmeas chegavam a ter 36 kg.   As fêmeas são entre 10 a 20 % menores que os machos.  O comprimento da ponta do focinho até a ponta da cauda varia de 1,12 m a 1,85 m.   Sua cauda é a menor dentre os grandes felinos, tendo entre 45 e 75 cm de comprimento. Suas pernas são consideravelmente mais curtas se comparadas a um tigre ou leão com mesma massa corporal, mas são mais grossas e robustas. A onça-pintada tem entre 63 a 76 cm na altura da cernelha. É o maior felino das Americas e o terceiro maior do mundo, só não sendo maior que o leão e o tigre.
Variações no tamanho são observadas ao longo das regiões de ocorrência da onça, com o tamanho tendendo a aumentar nos indivíduos nos limites norte e sul da distribuição geográfica, com os menores indivíduos sendo encontrados na Amazônia e regiões equatoriais adjacentes. Um estudo realizado na Reserva da Biosfera Chamela-Cuixmala  na costa do Pacífico no México, reportou medidas de massa corporal ao redor de 50 kg, não muito maior que uma onça-parda. Em contraste, no Pantanal, a média de peso foi de cerca de 100 kg, e machos mais velhos não raramente chegavam a pesar mais de 130 kg.  Onças que ocorrem em ambientes florestais frequentemente são mais escuras na coloração da pelagem e menores do que aquelas encontradas em regiões de campos abertos (como no Pantanal), possivelmente, devido ao menor número de presas de grande porte em florestas. O crânio pode ter até mais de 27,5 cm de comprimento, mas geralmente tem entre 19 e 26 cm, sendo robusto, curto e largo no rostro, principalmente nos machos.  Pode apresentar uma crista sagital, especialmente em machos mais velhos.  O crânio da onça-pintada é semelhante ao da onça-parda (Puma concolor), mas se diferencia por ser maior e ter o osso nasal em formato côncavo. A anatomia funcional do crânio é semelhante a dos outros grandes felinos: existe um ligamento elástico no aparato hioide, o que permite a onça-pintada rugir. A sinfise mandibular é rígida, o que permite recrutar mais músculos na mastigação. A formula dentaria na onça-pintada é a mesma para outros felinos: . Os caninos são longos e podem ter 23,5 mm de comprimento, mas geralmente, possuem entre 17,5 e 18,6 mm de comprimento.  Eles servem para segurar e matar as presas.A forma corporal atarracada e robusta torna a onça-pintada capaz de nadar, rastejar e escalar.  A cabeça é grande e a mandíbula é desenvolvida e forte.  A onça-pintada possui a mordida mais forte de todos os felinos, capaz de alcançar até 910 kgf e ela pode abrir a boca até a 13,1 cm de diâmetro, em um ângulo de 65 a 70 graus.  É duas vezes a força da mordida de um leão e só não é maior que a da mordida de uma hiena; tal força é capaz de quebrar o casco de tartarugas.  Um estudo comparativo colocou a onça-pintada como em primeiro lugar em força de mordida, ao lado do leopardo-das-neves, e à frente do leão e do tigre.  É dito que uma onça é capaz de arrastar um touro de até 360 kg por 8 m e quebrar ossos com as mandíbulas.  A onça-pintada caça grandes herbívoros de até 300 kg em florestas densas, como a anta (Tapirus terrestris), e seu corpo forte e atarracado é uma adaptação a esse tipo de presa e ambiente, como evidenciado pela morfologia de seu cotovelo e dos membros, o que mostra que ela não costuma correr tanto quanto felinos de áreas abertas.  As patas são digitigradas como outros carnivoros e sua estrutura é típica de membros do gênero Panthera.   As garras são retráteis, o que faz com que suas pegadas geralmente não apresentem marcas de garras, como outros felinos.   A sua pegada é semelhante a da onça-parda, mas não possui os lobos da almofada plantar tão evidentes quanto a deste felino e é nitidamente maior, tendo até 12 cm de diâmetro as pegadas das patas dianteiras e 7,5 cm as das patas traseiras.    Suas pegadas também possuem um aspecto arredondado, sendo mais largas do que redondas, principalmente as pegadas das patas dianteiras.
     A cor de fundo da pelagem da onça é amarelo acastanhado (às vezes mais pálido), mas pode chegar ao avermelhado, marrom e preto, para todo o corpo.   As áreas ventrais são brancas.  A pelagem é coberta por rosetas, que servem como camuflagem, usando o jogo de luz e sombra do interior de florestas densas.  As manchas variam entre os indivíduos: rosetas podem incluir um ou várias pintas em seu interior, e a forma das pintas também pode variar.  As manchas e pintas da cabeça e pescoço costumam ser sólidas, e na cauda, elas se unem, de forma a aparecer bandas.

Melanismo

         Polimorfismo na cor ocorre na espécie e variedades melânicas são frequentes, sendo a principal variação na pelagem encontrada em animais selvagens.  Em indivíduos totalmente pretos, quando visto sob a luz e de perto, é possível observar as rosetas.  Apesar de ser conhecida popularmente como onça-preta, é apenas uma variação natural, não sendo uma espécie propriamente dita.
Imagem: onça parda.
A forma totalmente preta é mais rara que a forma de cor amarelo-acastanhado, representando cerca de 6 % da população, o que é uma frequência muito maior do que a taxa de mutação.  Portanto, a seleção natural contribuiu para a frequência de indivíduos totalmente negros na população. Existem evidências de que o alelo para o melanismo na onça-pintada é dominante. Ademais, a forma melânica é um exemplo de vantagem do heterozigoto; mas dados de cativeiro não são conclusivos quanto a isso.
Indivíduos albinos são muito raros, e foi reportada a ocorrência na onça-pintada, assim como em outros grandes felinos.  Como é usual com o albinismo na natureza, a seleção natural mantém a frequência da característica próxima à taxa de mutação.

Dieta, forrageamento e caça


        Pelo grande porte, é capaz de se alimentar até de outros felinos de tamanho menor, como a jaguatirica (Leopardus pardalis), apesar de ser incomum. Outros carnívoros, como o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o quati (Nasua nasua) e o mão-pelada (Procyon cancrivorus) também podem ser predados pela onça-pintada, e ela é o principal predador desses animais.
A onça-pintada raramente mata com uma mordida no pescoço, sufocando a presa, como é típico entre os membros do gênero Panthera, preferindo matar por uma técnica única entre os felinos: ela morde o osso temporal no crânio, entre as orelhas da presa (especialmente se for uma capivara) com os caninos, acertando o cérebro.  Isto também permite quebrar cascos de tartaruga, após as extinções do Pleistoceno, quelônios podem ter se tornado presas abundantes em seu habitat. A mordida na cabeça é empregada em mamíferos, principalmente, enquanto que em répteis, como jacarés, a onça-pintada ataca o dorso do animal, acertando a coluna vertical, imobilizando o alvo. Embora capaz de rachar o casco de tartarugas, a onça pode simplesmente esmagar o escudo com a pata e retirar a carne. Quando ataca tartarugas-marinhas que vão nidificar na praia, a onça ataca a cabeça, e frequentemente decapita o animal, antes de arrastá-la para comer. Ao caçar cavalos, a onça pode pular sobre o dorso, colocar uma pata no focinho e outra na nuca, de forma de deslocar o pescoço. Moradores de ambientes em que ocorre a onça-pintada já contaram anedotas de uma onça que atacou um par de cavalos, e depois de ter matado um, ainda arrastou o outro, ainda vivo. 
A onça-pintada caça em espreita e formando emboscadas, perseguindo pouco a presa. O felino anda de forma lenta, ouvindo e espreitando a presa, antes de armar a emboscada ou atacá-la. Ela ataca por cima, através de algum ponto cego da presa, com um salto rápido: as habilidades de espreita e emboscada dessa espécie são consideradas inigualáveis tanto por povos indígenas quanto por pesquisadores, e tal capacidade deve derivar do papel de ser um superpredador nos ambientes em que vive. Quando arma a emboscada, a onça pode saltar na água enquanto persegue a presa, já que é capaz de carregar grandes presas nadando, sua força permite levar novilhos para a copa das árvores.
Após matar a presa, a onça arrasta a carcaça para alguma capoeira ou outro lugar seguro, podendo a arrastar por até 1,5 km. Começa a comer pelo pescoço e peito, em vez de começar pelo ventre. O coração e pulmões são consumidos, seguidos pelos ombros e ela frequentemente deixa as partes traseiras da carcaça intactas.  Entretanto, bezerros podem ser consumidos completamente. Elas raramente cobrem suas carcaças com folhas, o que a diferencia da onça-parda.
A necessidade diária alimentar de um indivíduo com 34 kg (que é menor peso encontrado em um indivíduo adulto) é de 1,4 kg.  Para animais em cativeiro, pesando entre 50 a 60 kg, mais de 2 kg de carne são recomendados. Em liberdade, o consumo é naturalmente mais irregular: felinos selvagens gastam considerável energia e tempo para obter alimento, e podem comer até 25 kg de carne de uma só vez, seguidos por longos períodos sem se alimentar.  Ao contrário das outras espécies do gênero Panthera, a onça-pintada raramente ataca seres humanos.  Não existem casos de man-eaters como é reportado para os leopardos.  Muitos dos escassos casos reportados mostram que se tratavam de indivíduos velhos ou feridos, com dentes danificados ou em momentos que eram caçadas. Às vezes, se feridas ou ameaçadas, as onças podem atacar os tratadores em zoológicos.

Reprodução e ciclo de vida


         As fêmeas da onça-pintada alcançam a maturidade sexual com cerca de 2 anos de idade, e os machos entre 3 e 4 anos.  Acredita-se que esse felino copule durante todo o ano em estado selvagem, e os nascimentos podem ocorrer durante o ano todo, mas em áreas mais temperadas, eles podem se concentrar no verão.  Pesquisas com machos em cativeiro corroboram a hipótese de que os acasalamentos ocorrem durante o ano todo, com nenhuma variação em características do sêmen e da ejaculação: baixo sucesso reprodutivo também tem sido observado em cativeiro.  O estro dura entre 6 e 17 dias, em um ciclo de 37 dias, e fêmeas demonstram o período fértil com marcação de urina e aumento nas vocalizações. Ambos os sexos se deslocam mais durante o período da corte.
O casal se separa após o ato sexual e as fêmeas providenciam todo o cuidado parental. A gestação dura entre 93 e 105 dias: elas podem dar à luz a até quatro filhotes, mas o mais comum é nascerem dois de cada vez. A mãe não tolera a presença de machos após o nascimento dos filhotes, visto o risco de infanticídio: tal comportamento também se observa no tigre.
Os filhotes nascem cegos, e abrem os olhos após duas semanas pesando entre 700 e 900 gramas. Os dentes começam a aparecer depois de um mês de idade. São desmamados após três meses, mas podem permanecer no ninho por até 6 meses, quando passam a acompanhar a mãe nas caçadas.  A partir de vinte meses de idade eles dispersam do território natal e os machos raramente voltam, enquanto que as fêmeas podem voltar algumas vezes.  Os machos também dispersam consideravelmente mais que as fêmeas, indo até 30 km mais longe que elas. Jovens machos são primeiramente nômades, competindo com outros mais velhos até que conseguem obter um território. Deve-se salientar que essa dispersão se dá antes da maturidade sexual dos indivíduos.
Em estado selvagem, a onça-pintada vive entre 12 e 15 anos de idade, mas em cativeiro, pode viver até mais de 23 anos, sendo um dos felinos com maior longevidade. Foi reportado uma fêmea que viveu até os 30 anos de idade.







Tigre-de-bengala

        O tigre-de-bengala (Panthera tigris tigris), também conhecido como tigre-indiano, é um grande felino e uma das seis subespécies de tigre restantes, sendo a segunda maior dentre elas, ficando atrás apenas do tigre siberiano. Seu nome deve-se à sua presença em bengala ocidental, próxima ao golfo de bengala.
É uma das espécies mais ameaçadas de extinção dentre os grandes felinos do planeta, seja pela caça ilegal ou pela destruição de seu habitat.  Estima-se que em 2008 existiam apenas cerca de 500 tigres-de-bengala livres no planeta; três das nove subespécies de tigres que existiam no planeta já estão extintas, e outras tendem a desaparecer pelo cruzamento entre subespécies diferentes e pela ação do homem.
Fundações como a WWF tomaram a frente da responsabilidade de propiciar a preservação dos tigres, mais especificamente do tigre-de-bengala, tigre de sumatra e do tigre siberiano (ainda mais raros). Estima-se que o percentual de tigres na Ásia hoje seja 40% menor do que em 1995, graças a esforços e ajuda humanitária, cerca de 15% já foi recuperado.
Link do Youtube recomendado:          https://youtu.be/aVJVglJhwtw

Características

CaracterísticaDeAté
Altura (cernelha)96 cm1,10 m
Comprimento (fêmea)2,40 m2,61 m
Comprimento (macho)2,60 m3,10 m
Comprimento da cauda85 cm1,10 m
Peso (fêmea)120 kg160 kg
Peso (macho)180 kg266 kg
Nº de crias24
Gestação95 dias112 dias
Tempo de vida26 anos em cativeiro
        O maior tigre indiano de todos os tempos foi morto em novembro de 1967 em Uttar Pradesh, na Índia, e media 3,22 m (ou 3,37 m no total) de comprimento e pesava 389 kg;
Há diferenças regionais em relação ao tamanho dos tigres-de-bengala, por exemplo, os tigres que habitam os pântanos do Parque Nacional do Sundarbans, que são conhecidos por serem "devoradores de homens", são menores que a maioria dos tigres-de-bengala.
Tigre dourado. Variante dourada do tigre de Bengala
Com pelos curtos alaranjados e listras pretas. O Tigre-de-bengala atinge até 260 kg, mas, pode ultrapassar os 300, salta 6 metros horizontalmente, corre à 60 km/h, é ágil. Possuem presas e garras de até 10 cm de comprimento.
Seu corpo tem cerca de 20 listras transversais. As patas e a parte de baixo das pernas são brancas. O tigre-de-bengala vive principalmente em florestas da Índia, mas também em algumas regiões do Nepal, do Butão e nos pântanos do Golfo de bengala.
Essa subespécie tem uma característica curiosa e exclusiva: o tigre dourado e o tigre branco que são variantes de cor do tigre de Bengala e não são encontrados na natureza.

Distribuição geográfica

Imagem: filhotes de tigre-de-bengala.
          O tigre-de-bengala, até ao começo do século xx, habitava quase toda a Índia (com exceção do extremo norte e da Península de Kathiawar), Bangladesh, leste do Paquistão, sudoeste da China, oeste de Mianmar, Nepal e Butão. Atualmente ainda restam populações espalhadas em vários pontos da Índia e países vizinhos. Encontra-se extinto no Paquistão.

Território


Imagem: Tigre-de-bengala branco.
   Os tigres costumam ser bem territorialistas e é comum acontecer brigas por território para expulsar rivais e invasores da mesma espécie e até de outras. A taxa de mortalidade por este motivo é alta.
território de um tigre macho adulto engloba vários territórios de fêmeas e tem de 110 à 200 km². Um tigre macho mantém um grande território, a fim de incluir territórios de várias fêmeas dentro de seus limites, para que ele possa manter acasalamento diretamente com elas. Fêmeas possuem territórios de até 31 km².
Para marcar território, os tigres expelem substâncias com odores característicos em árvores e arbustos; deixam marcas profundas de suas garras em troncos de árvores para deixar os odores das glândulas de suas patas; fazem vocalizações características para inibir a aproximação de invasores e demonstrar sua posição. Estes rugidos podem ser ouvidos a mais de 3 km de distância, ecoando entre as árvores e a densa vegetação.

Reprodução


       Na época de acasalamento, o macho realiza vocalizações e as fêmeas receptivas que se interessam vão até o seu território.  O período fértil da fêmea dura de 4 à 6 dias. O casal de tigres fica junto apenas durante o período fértil, eles acasalam cerca de 100 vezes por dia. O Tigre dominante de cada região acasala com as fêmeas englobadas por seu território. Nascem de 2 à 4 filhotes por ninhada.
Depois que os filhotes nascem, o tigre macho visita, com certa frequência, cada fêmea com que ele acasalou, sendo recebido pelos filhotes e por elas, na maioria das vezes, bem. Mas não participa ativamente na criação dos filhotes.

Caça e Dieta

No verão, o tigre fica sempre perto da água. Por isso, é um nadador ágil. É também um excelente caçador e alimenta-se de animais pequenos, como veados, macacos e aves, e outros maiores como o gauro (subespécie de búfalo asiático maior que o africano), filhotes de elefantes e de rinocerontes. Mas já houve casos registrados de tigres caçando elefantes e rinocerontes adultos. Também atacam crocodilos na água ou na terra, e Pítons também fazem parte do cardápio deste felino.
Tigres-de-bengala são conhecidos por se alimentar de outros predadores, como leopardos, lobos, crocodilos, ursos negros asiáticos, ursos-preguiça e dholes, embora estes predadores não sejam tão frequentemente parte de sua dieta. Em estado selvagem, os tigres alimentam-se principalmente de animais de médio à grande porte, preferindo ungulados nativos que pesam no mínimo 90 kg. Tais como o Cervo sambar, chital, veado barasinga, javali, gauro, nilgó, búfalo-d'água-selvagem e búfalo-doméstico, em ordem crescente de preferência. O sambar e o chital são as presas preferidas e constituem a principal da dieta deste grande felino. Tigres geralmente não atacam elefantes asiáticos, rinocerontes indianos adultos totalmente adultos, mas incidentes foram relatados. Mais frequentemente, são os pequenos filhotes, mais vulneráveis, que são mortos.  Tigres foram relatados atacando e matando elefantes montados por seres humanos durante a caça de tigres no século XIX. Quando em estreita proximidade com os seres humanos, tigres também atacam, por vezes, animais domésticos como gado, cabras, etc. Tigres velhos ou feridos, incapazes de capturar presas selvagens, podem tornar-se devoradores de homens; este padrão tem ocorrido com frequência em toda a Índia. Uma exceção é nos Sundarbans, onde os tigres saudáveis caçam pescadores e moradores que adentram a selva em busca de produtos naturais. Neste caso os seres humanos, formam assim uma pequena parte da dieta do tigre. Os tigres caçam sozinhos e emboscam suas presas, dominando-os a partir de qualquer ângulo, usando seu tamanho corporal e força para derrubar a presa desequilibrando-a.
       Caçadas bem-sucedidas geralmente exigem que o tigre quase simultaneamente salte sobre sua presa, derrube-a, e agarre na garganta ou nuca mordendo até sufocar.  Apesar de seu grande tamanho, os tigres podem atingir velocidades de cerca de 49 à 65 km/h, mas apenas em curtos períodos; consequentemente, tigres devem estar bem perto de suas presas antes de atacar, cerca de 20 metros de distância. Se a presa sente a presença do tigre antes disso, o tigre geralmente abandona a caça ao invés de perseguir a presa ou enfrentá-la de frente, este felino não desperdiça energia à toa sabendo que terá oportunidades melhores. Saltos horizontais de até 10 metros foram relatados, embora saltos de 6 metros sejam mais típicos. Quando caçam animais maiores, tigres preferem morder a garganta, sufocando a presa, e usam suas patas dianteiras poderosas para agarrá-la e mantê-la. O tigre permanece mordendo até que seu alvo morra por sufocamento. Por esse método, gauros e búfalos asiáticos pesando mais de uma tonelada foram mortos por tigres, que pesavam cerca de um quinto disso. Embora eles possam matar os adultos saudáveis, tigres, muitas vezes selecionam indivíduos filhotes ou debilitados de animais muito grandes. Atacar adultos saudáveis deste tamanho pode ser perigoso, já que chifres e coices são potencialmente fatais para o tigre, e também seria uma caça mais difícil. Nenhum outro predador terrestre vivo enfrenta presas deste tamanho sozinho. Embora raramente observado, alguns tigres foram vistos matando a presa ao segurá-la com suas patas, que são poderosas o suficiente para esmagar crânios de gado doméstico, e quebrar a coluna cervicalde ursos-preguiças.
Quando ataca presas menores, como macacos e lebres, o tigre morde a nuca, muitas vezes quebrando a medula espinhal, perfurando a traqueia, ou cortando a veia jugular ou artéria carótida.





















Cobra Cascavel

Cascavel ou Cobra cascavel é o nome genérico dado às cobras peçonhentas dos géneros Crotalus e Sistrurus. As cascavéis possuem um chocalho característico na cauda, e estão presentes em todo o continente americano. Geralmente, refere-se mais especificamente à espécie Crotalus durissus, cuja área de distribuição se estende do México à Argentina. A cascavel, por razões não bem entendidas, em vez de sair completamente de sua pele antiga, mantém parte dela enrolada na cauda em forma de um anel cinzento grosseiro. Com o correr dos anos, estes pedaços de epiderme ressecados formam os guizos que, quando o animal vibra a cauda, balançam e causam o ruído característico. Embora no conceito popular o número de anéis do guizo às vezes é interpretado como correspondente à idade desta cobra, isto não é correto, pois no máximo poderia indicar o número de trocas de pele. A finalidade do som produzido pelo guizo é de advertir a sua presença e espantar os animais de grande porte que lhe poderiam fazer mal. É uma ótima possibilidade de evitar o confronto. As cascavéis alimentam-se principalmente de pequenos roedores, mas podem fazer uso de seu veneno para fazerem outras vítimas, como pequenas aves, coelhos, lagartos, e, eventualmente, outras serpentes. Apesar de serem vistas durante o dia, predominam os hábitos crepuscular e noturno.
Imagem: Cobra Cascavel armando um bote.









Etimologia das cobras

"Cobra" vem do termo latino colubra. "Serpente" vem do termo latino serpente. "Mbói" e "mboia" vêm do termo tupi mbói, "cobra".

Evolução

Imagem: fóssil mostra que lagartos e cobras tem origem diferentes.
       Há duas ideias concorrentes e ferozmente contestadas sobre a transição de lagartos para cobras. A primeira diz que as cobras evoluíram no oceano, e só mais tarde recolonizaram a terra. Esta hipótese depende da estreita relação entre cobras e répteis marinhos extintos chamados mosassauros.
A segunda hipótese diz que as cobras evoluíram de lagartos escavadores, que estendiam seus corpos e perderam seus membros para melhor escorregar no seu caminho através do solo. Nesta versão, cobras e mosassauros evoluíram ambos de forma independente a partir de um ancestral arrastador de terra, provavelmente algo parecido com um lagarto de monitor. Descrito em 2015, um pequeno espécime com um corpo sinuoso longo, da formação brasileira Crato, Tetrapodophis amplectus, apoia a última ideia . Além disso, as comparações entre tomografias computadorizadas de fosseis e répteis modernos indicam que as cobras perderam suas pernas quando seus ancestrais evoluíram para viver e caçar em tocas.
Embora existam alguns pesquisadores que acreditam que as serpentes estão mais profundamente relacionadas a lagartos varanoides, não há uma identificação mais clara sobre qual seria o grupo de varanoide mais relacionado evolutivamente. Eles também acreditam que os grupos de lagartos varanoides mais provavelmente relacionados com serpentes são os das famílias Lantanotidae e mosassauridae.

Biologia


  • EsqueletoO esqueleto da maioria das serpentes consiste apenas do crânio, maxilares, coluna vertebral e costelas.    A coluna vertebral possui aproximadamente entre 200 e 400 (ou mais) vértebras. Destas, em torno de 20% (às vezes menos) são da cauda e não possuem costelas. Já as vértebras do corpo possuem, cada uma, duas costelas articuladas a elas. As vértebras também possuem projeções às quais se fixam os fortes músculos que as serpentes usam para se locomover.

  •      Pele: A pele das cobras é coberta por escamas. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente (em um processo conhecido como ecdise ou muda). Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde, como por exemplo no símbolo da medicina (o bastão de Esculápio). Nos Caenophidia, as escamas ventrais e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.

  • SentidosA visão das serpentes não é particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arborícola e pior na espécie terrestre), o que não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalineos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos chamados de fossetas que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos. Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. Como as serpentes não têm orelhas externas, audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. A maioria das serpentes usa a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direcional do cheiro.

  •   Órgãos internos: O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo de modo que um esteja à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral .




Comportamento

Alimentação

Todas as serpentes são carnívoras, comendo pequenos animais (incluindo lagartos e outras cobras), aves, ovos ou insetos. Algumas cobras têm peçonha para matar as suas presas antes de as comerem. Outras matam as suas presas por constrição. As cobras não mastigam quando comem, elas possuem uma mandíbula flexível, cujas duas partes não estão rigidamente ligadas. Isso se dá graças ao osso quadrado que funciona como uma peça de encaixe, que quando necessário desarticula sua mandíbula para se adaptar ao tamanho de sua presa (ao contrário da crença popular, elas não desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras articulações do seu crânio, permitindo-lhes abrir a boca de forma a engolir toda a sua presa, mesmo que ela tenha um diâmetro maior que a própria cobra.
As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto decorre o processo da digestão. A digestão é uma atividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a energia metabólica envolvida é tal que na Crotalus durissus, a cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pelo e as garras, que são expelidos junto com o excesso de acido úrico.
Normalmente, as serpentes não costumam atacar seres humanos, mas há relatos envolvendo serpentes grandes, como pithons. Apesar de serem dóceis, existem algumas espécies particularmente agressivas, mesmo assim, a maioria não ataca seres humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este contato.

Locomoção:
      As cobras usam quatro métodos de locomoção que lhes permitem uma mobilidade substancial mesmo perante a sua condição de "répteis sem pernas".
Todas as serpentes têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.
Além disto, as serpentes também são capazes do "movimento de concertina", ou "movimento de sanfona". Este método de movimentação pode ser usado para trepar em árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errônea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade, as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.
Outro método comum de locomoção é locomoção retilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como se de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.
No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zigue-zague, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.
Nem todas as serpentes são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra, que pode atingir até 20 km/h.
Nem todas as serpentes vivem em terra; serpentes marítimas vivem em mares tropicais pouco profundos.

Reprodução:

As serpentes usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipênis bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das serpentes põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas autores entendem que essas espécies são ovovivíparas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.
Recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se encontrassem no exterior.